As lendas dos Arcanos

Os Arcanos dos Condenados

I. Invocação“O mundo não nasceu da luz, mas da sede.
E aqueles que beberam primeiro esqueceram que eram deuses.”

II. Os Primeiros FragmentosO Livro do ArcanoEscrito em línguas que antecedem a memória, o Livro não concede poder — ele o exige.
Cada nome que registra torna-se uma ferida no tempo, cada leitor um espelho para sua fome.
Alguns o chamam de divino. Outros, de parasita que se alimenta da ambição..

A Adaga de OssoForjada a partir da espinha de um santo, ela não bebe sangue, mas lembrança.
Quem mata com ela compartilha o pulso dos mortos — a lâmina recorda cada grito.

A Lágrima de NamuUma gema chorada por um deus afogado.
Quando encostada ao ouvido, sussurra oceanos que já não existem.
Quando enterrada, cresce em direção ao coração de seu último dono.

A Lua EscarlateQuando a Lua sangra, os reinos se afogam no próprio reflexo.
O eclipse não é uma noite de presságio — é o olho do mundo recordando seus pecados.

Os PálidosNem vivos nem mortos, são o eco da recusa da humanidade em desaparecer.
Nascidos do gelo e da memória, servem àqueles que prometem um propósito.
Esqueceram o que essa palavra significa.

Etemmu, o ImaterialDécimo quinto da Linhagem, nascido do casulo da dor.
O Demônio que negociou a paz antes da guerra, o deus que fez da razão sua heresia.
Seu primeiro mandamento: “Sou os quatro elementos — e todos eles me pertencem.”

Zar’Notcha e HeliosDuas metades de uma divindade partida, compartilhando uma alma dividida entre a misericórdia e a fúria.
Onde ela carrega a lâmina, ele carrega a culpa.
Seu vínculo é uma maldição que nem a morte ousa desfazer.

III. Selo de Encerramento“São apenas fragmentos.
O restante dorme sob Carcaiz, sob Vissage, sob você.”